quinta-feira, 26 de julho de 2007

é proibido buzinar

A ser verdade, seria o maior atentado contra a liberdade dos luandeses.

Como se pode ver no vídeo, que eu próprio realizei, as buzinadelas são uma constante em Luanda. Esta cena passa-se num cruzamento pouco movimentado junto ao meu hotel. Imaginem onde há engarrafamentos....
http://video.google.com/videoplay?docid=-8488988217936216828

segunda-feira, 23 de julho de 2007

cheiro a terra queimada

ele realmente há qualquer coisa.....

domingo, 22 de julho de 2007

tirem-me deste filme

é o sentimento que assombra o meu pensamento

Não é fácil a vida em Angola. Apesar da minha expectativa ser muito baixa, a cidade de Luanda consegui surpreender-me pela negativa. Ao contrário do que esperava, a miséria está por todo o lado. Os musseques convivem com a cidade em toda a sua extensão, o lixo é constante em todas a ruas da cidade, esgotos correm a céu aberto, os prédios com excepção dos prédios do governo e da Sonangol, estão em pior estado que qualquer bairro social do Porto. Enfim parece que ainda nada foi feito desde o fim da guerra. Apesar de tudo sente-se que a tendência é de mudança, pelo menos no que respeita ao centro da cidade. As obras de construção e reconstrução são imensas, e estima-se que dentro de cinco três anos, aquando do campeonato africano de futebol tudo estará mudado. Será que os 3? 4? 5? milhões de habitantes dos musseques também serão contemplados pelos investimentos existentes?


sábado, 21 de julho de 2007

almoço para dois

pelo ordenado mínimo nacional ...
Pois é. Um almocito na praia com o Luís Azevedo, custou o salário mínimo. O tacho era realmente bom, e o ambiente ainda melhor. Uma bela esplanada em cima do mar, de fazer envergonhar qualquer tasco equivalente em Portugal. Para mim um choco à lagareiro
e para o Luís um caril de gambas

e arrota 6000 Akz ou seja 78 Dolares.

aventura na estrada

Estou na selva....

Carros e pessoas convivem apressadamente na estrada. O transito que já é muito é constantemente travado pelo vendedores de rua. Desde tacos (não, não é coca, são os cartões de carregamento dos telemoveis) a tábuas de passar a ferro, cilindros de água quente, carne seca, moveis, tudo se vende. Não me ocorre de nada que não se encontre, até a Super Bock lá estava bem fresquinha no gelo.

aterrei, sozinho

as malas ficaram em Lisboa.
Acabadinho de sair do avião e eis que sou cumprimentado por um sem numero de mosquitos. Não pode haver engano, com tanto bicho tenho que estar em Angola. Sem nenhum dos meus dois repelentes afastava-os tal como podia, fazendo tal figurinha que só a cagufa da malária a justificava.
Na saída do aeroporto começa a burocracia. Fila para a medicina aérea para carimbar o papelito de entrada no país, que me havia sido distribuído no avião, e, põe-te na fila para a alfandega. Afiambrei-me logo à fila mais pequena, que num ápice se tornou na mais comprida. O guarda da alfandega era leeeeeento e sizuuuuudo, ao contrário de todos os funcionários do aeroporto. Depois de um belo interrogatório, lá me carimbou o visto. Apressado dirijo-me à bagagem, que pelo tempo que demorei na alfandega, já deveria ter dada umas 500 voltas no tapete. Mais enganado não podia estar, nem uma volta havia dado. Espero e continuo a esperar, tal como o Luís Azevedo que me foi buscar ao aeroporto. Acabou, diz o rapaz que controlava o dito tapete ainda com umas 20 em cima dele mas nenhuma era a minha. Não estava só, seriamos uns 15 coitados que o raio da roda não havia presenteado com nenhuma malita.
Só em Angola diziam todos os meus companheiros de sorte. Eu cá só pensava no Mephaquin (o comprimidito para a malária, que tinha que tomar à noite). Mais uma fila de uma bela hora e meia para apresentar reclamação. Chegada a minha vez, preenchi a relação dos bens (é verdade estiquei-me um bocadito), e a simpática senhora, a da foto abaixo, que avidamente procurava as letras no seu teclado, e parava de as procurar sempre que alguém reclamava da demora, me diz: A TAP é sempre a mesma coisa, esquecem-se sempre das malas nos transbordos e nós é que vos aturamos. Vá passando por aqui para ver se ela chega, e entrega-me o papelito que conseguiu imprimir depois de reintroduzir lentamente todos os dados, perdidos pela falha de electricidade.

Cá passarei, que remédio.......

segunda-feira, 16 de julho de 2007

últimos preparativo para a primeira viagem

Depois de terminados os pré-preparativos, que sucederam os ante-pré-preparativos, entrei finalmente na fase final, aquela da mala de viagem, repelente, comprimidos para malária, etc.

É já na sexta feira que abalo, deixando para trás vacinas obrigatórias e recomendadas (do pior..., três num só dia), pedidos de visto recusados, adiamentos da viagem, reserva de hotel (que a 4 dias da partida ainda não está totalmente confirmado), enfim foi uma guerra.

Contudo, sozinho como um cão abandonado, cá vou eu para Luanda desta vez por 15 dias, para dar inicio á missão de criar uma empresa em Angola, ou quem sabe, a minha metamorfose para Angolano...