sábado, 21 de julho de 2007

aterrei, sozinho

as malas ficaram em Lisboa.
Acabadinho de sair do avião e eis que sou cumprimentado por um sem numero de mosquitos. Não pode haver engano, com tanto bicho tenho que estar em Angola. Sem nenhum dos meus dois repelentes afastava-os tal como podia, fazendo tal figurinha que só a cagufa da malária a justificava.
Na saída do aeroporto começa a burocracia. Fila para a medicina aérea para carimbar o papelito de entrada no país, que me havia sido distribuído no avião, e, põe-te na fila para a alfandega. Afiambrei-me logo à fila mais pequena, que num ápice se tornou na mais comprida. O guarda da alfandega era leeeeeento e sizuuuuudo, ao contrário de todos os funcionários do aeroporto. Depois de um belo interrogatório, lá me carimbou o visto. Apressado dirijo-me à bagagem, que pelo tempo que demorei na alfandega, já deveria ter dada umas 500 voltas no tapete. Mais enganado não podia estar, nem uma volta havia dado. Espero e continuo a esperar, tal como o Luís Azevedo que me foi buscar ao aeroporto. Acabou, diz o rapaz que controlava o dito tapete ainda com umas 20 em cima dele mas nenhuma era a minha. Não estava só, seriamos uns 15 coitados que o raio da roda não havia presenteado com nenhuma malita.
Só em Angola diziam todos os meus companheiros de sorte. Eu cá só pensava no Mephaquin (o comprimidito para a malária, que tinha que tomar à noite). Mais uma fila de uma bela hora e meia para apresentar reclamação. Chegada a minha vez, preenchi a relação dos bens (é verdade estiquei-me um bocadito), e a simpática senhora, a da foto abaixo, que avidamente procurava as letras no seu teclado, e parava de as procurar sempre que alguém reclamava da demora, me diz: A TAP é sempre a mesma coisa, esquecem-se sempre das malas nos transbordos e nós é que vos aturamos. Vá passando por aqui para ver se ela chega, e entrega-me o papelito que conseguiu imprimir depois de reintroduzir lentamente todos os dados, perdidos pela falha de electricidade.

Cá passarei, que remédio.......

2 comentários:

Perchta disse...

Lindo e inspirado.
Realmente a TAP é do piorio... nada como a companhia aérea Agolana, essa sim, de uma competência a toda a prova!

Licinia disse...

Definitivamente podia ter corrido melhor...mas com certeza que a simpatia da senhora da foto fez esquecer todo o drama! E já agora, as malas já chegaram ou é por isso que na foto que tens no msn apareces sem camisola?